Escrevi esse artigo chamado "Quando a IA se torna ferramenta de vigilância política" para a EXAME. Nele, alerto sobre os riscos do uso indevido da inteligência artificial (IA) para vigilância e controle político.
Começo mencionando o recente escândalo da "Abin Paralela" no Brasil, onde sistemas de inteligência foram usados para monitorar ilegalmente figuras públicas e jornalistas. Uso esse caso para ilustrar como a tecnologia pode ser mal utilizada.
No artigo, destaco que a IA, embora benéfica em áreas como saúde e educação, pode se tornar uma ferramenta perigosa se mal empregada. Descrevo cenários preocupantes como monitoramento em massa, manipulação de opinião pública, previsão de movimentos sociais e criação de propaganda política personalizada.
Enfatizo que esses riscos não são ficção científica, mas possibilidades reais num futuro próximo. Para enfrentar esses desafios, proponho:
1. Criação de leis robustas para proteger a privacidade
2. Maior transparência no uso de tecnologias de vigilância pelo governo
3. Educação sobre ética em IA e seus impactos sociais
4. Desenvolvimento de salvaguardas técnicas contra o uso indevido de IA
Como coordenador do MBA em IA para Negócios da Faculdade Exame, destaco a importância de formar profissionais que entendam não apenas a tecnologia, mas também suas implicações éticas e sociais. Menciono que dediquei uma disciplina inteira do nosso MBA para discutir os aspectos éticos da IA.
Concluo enfatizando a necessidade de lideranças em IA preparadas para lidar com dilemas éticos complexos, garantindo que o avanço tecnológico respeite valores democráticos e direitos fundamentais. Acredito que só assim poderemos garantir que a IA seja usada de forma responsável e benéfica para toda a sociedade.